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domingo, 29 de julho de 2012

Retorno



E eu, que tinha a vida organizada,acostumada com a mão única,ando agora às voltas com o desalinhamento dessa via que se tornou dupla.
A dualidade que me permeia,me confundee me lança num cruzamento sem placas...
A movimentação é intensae é preciso decidir.Direita...
 esquerda...
continuar...
 desistir...
Meia-volta.Decido retornar.
Sinais de alerta que eu ignorara,agora piscam insistentemente:
não há vaga.Está decidido,
 volto!Volto sem saber o gosto das amoras.
Volto à minha via de mão única,de endereço certo...
meu jardim...
minhas janelas abertas...
Volto "sonhando frenesiscom potes de saudade" *do trecho até agora percorrido.
E jamais saberei o gosto das amoras.

(Leide Borges)* ANGUSTIA - Paulo Cecílio

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