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domingo, 29 de julho de 2012

Pronta pra Nascer



As nuvens que cobrem o céu,
São seus pensamentos que vagueiam ao léu,

Não se entrega a realidade,
Se esconde da verdade,
Isso impede de te amar.

O passado não importa,
Por favor feche essa porta,
Que pra você já se fechou.

Sou realidade em sua frente,
Venha germinar essa semente...
Que ta pronta pra nascer.

Alma Poeta




Nervos de aço,
Palavras de amor,
Forte feito rocha,
Sensível feito uma flor.

Do infinito faz seu ninho,
Um lugar tranqüilo para sonhar,
Num pequeno papel em branco,
Faz a poesia desabrochar.

O céu alcança com as mãos,
Muda estrelas de lugar,
Viaja nas nuvens,
E a lua vive a namorar.

Trás dentro da alma as palavras de conforto,
Dizendo frases de amor,
Massageando o ego,
Aliviando a dor.

Alma poética tudo pode, tudo inventa,
As simples coisas da vida são olhadas com admiração,
Olha o mundo com carinho, tira as essências com delicadezas,
Extrai a beleza da vida e ama com clareza.

A alma do poeta não tem limite pra sonhar,
Guarda o céu dentro do peito,
Aconchega a lua no coração,
Em seus olhos pode-se mergulhar,
As lagrimas, são águas do mar.

Cada verso que compõe tem sua alma sua emoção,
Ninguém conhece a beleza de seu coração,

Chora igual criança,
Nunca nega um sorriso,
Perdoa os erros cometidos,
Mas nunca perde a esperança,

A alma poeta pode ser lançada em meio aos espinhos,
Ela volta sorrindo, trazendo poemas que compôs no meio do caminho.

Em Seu Lugar



Eu achei que o nosso amor iria durar,
Todas as estações...
No inicio do inverno ele nasceu...
Mais foi na primavera que ele morreu.


A planta que com carinho reguei...
Para dar flores na primavera
Não vingou...
Com o seu adeus,
Ela secou.

Meu olhar entristeceu
Nada mais em meu jardim floriu...
Meus dias ficaram longos,
A solidão me faz companhia
Desde o dia em que você partiu.

Não sinto graça em nada
Meu sorriso se calou
Meus sonhos foram arrancados pelas raízes,
Nada mais, em meu coração,
Brotou.

O amor já não me interessa...
Se não fui capaz
Em fazer você me amar
Outra pessoa
Não vou colocar
Em seu lugar.

Retorno



E eu, que tinha a vida organizada,acostumada com a mão única,ando agora às voltas com o desalinhamento dessa via que se tornou dupla.
A dualidade que me permeia,me confundee me lança num cruzamento sem placas...
A movimentação é intensae é preciso decidir.Direita...
 esquerda...
continuar...
 desistir...
Meia-volta.Decido retornar.
Sinais de alerta que eu ignorara,agora piscam insistentemente:
não há vaga.Está decidido,
 volto!Volto sem saber o gosto das amoras.
Volto à minha via de mão única,de endereço certo...
meu jardim...
minhas janelas abertas...
Volto "sonhando frenesiscom potes de saudade" *do trecho até agora percorrido.
E jamais saberei o gosto das amoras.

(Leide Borges)* ANGUSTIA - Paulo Cecílio

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Mãezinha





Olhem aquele rosto cansado
Que nunca perdeu o brilho,
Que Deus desenhou em cada traço
O seu amor,
Olhem aquelas mãos
Que o tempo acusa o esforço de suas lutas,
Olhem aqueles olhos
Tão meigos...
Podem-se enxergar seu coração.
Uma bela mulher
Muitas vezes em seu colo embalou-me com seu carinho,
Com toda paciência ensinou-me o valor da vida,
Guiou-me aos meus primeiro passos
Sofreu quando me viu chorar,
Acalentou-me em seus braços e cantou a canção de ninar.
Mesmo em sua fragilidade se fez forte, porque ela sempre foi à base do lar.
Muitas vezes te surpreendi chorando escondendo suas dores para seus filhos não preocupar,
É forte como rocha em suas decisões,
Mas é frágil como uma flor,
Ela é digna de muito amor.
Olhem aquela mulher linda
É uma verdadeira rainha!
Ela é a mais linda de todas as mulheres,
É a minha mãezinha.


A minha princesa que virou rainha.

domingo, 1 de julho de 2012

Não Sou Capaz


Minhas lágrimas são fervorosas
Chegam a derreter as retinas
Que cegam meu olhar,
Por mais que eu tente te esquecer,
O coração teima em te encontrar.

O silencio geme dentro de um vulcão
De dor e melancolia,
Onde a tristeza disputa o lugar com a saudade,
Um lugar disperso com cheiro de morte,
Vou vagando por ai...
A mercê da própria sorte.

Eu não me reconheço
Diante de um espelho a imagem é turva,
Os dias não têm mais cor...
Sumiu o azul do céu,
Tudo esta cinzento,
Nada mais tem valor.

Como pode a tua ausência
Doer tanto assim,
A ponto de me matar e continuar vivendo,
A dor é grande demais
Nada me satisfaz...
Por mais que eu tente
Esquecer-te,
Não sou capaz.

Feridas

Você pode até me julgar...
Mais não sabe quantas foram as feridas tive que cicatrizar,
pra chegar até aqui. (Me tornar gente!)