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sábado, 6 de novembro de 2010

DEBRUÇADO NA JANELA





Olhando pela janela, pude ver todo meu passado, em frente de meus olhos,
A imagem de tua chegada, com alegria...
E também pude ver a tristeza de tua despedida,

Quando chegaste tive certeza de que iria permanecer...
Mas quando se foi tive certeza que nada é para sempre...

Hoje lamento por não amar mais,
Viver mais...
Entregar-me mais.

E eu que achei ter amado tanto...
Hoje sei que foi muito pouco...
O tempo foi pouco...
Meu amor foi pouco...
A vida foi pouca...

Tinha tanto pra te falar...
Mas um instante interrompido...
As palavras se perderam no tempo...
No espaço...

Você se foi...
E as perguntas e respostas ficaram vagando...
Num ponto de interrogação...


Á muito tempo...
Ainda debruçado na janela, esperando o tempo...
A explicação que ainda teima,
Em se calar.


Rosângela das Graças Schivei

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